A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) lançou, em 07 de dezembro, a Frente Parlamentar de Combate à Fome no Estado do Rio de Janeiro. A ação foi divulgada durante audiência pública da Comissão Especial de Enfrentamento à Miséria da Alerj para homenagear 37 movimentos sociais engajados na luta solidária pela alimentação da população em situação de extrema pobreza. De acordo com os dados do Cadastro Único (CadÚnico), analisados pelo Instituto Rio 21, o estado do Rio conta com mais de 2,5 milhões de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza.
“Essa frente tem como iniciativa estimular a criação de movimentos como esse em outros municípios. Vale frisar que mais da metade da nossa população vive com uma insegurança alimentar. Os coletivos locais fizeram o que o Estado não fez e isso mereceu a nossa atenção e valorização, por isso fizemos essa reunião hoje”, afirmou a presidente da comissão, deputada Renata Souza (PSol). Os deputados Waldeck Carneiro (PT) e Bruno Dauaire (PSC) também integrarão a Frente Parlamentar de Combate à Fome.Presidente do Instituto Políticas Alternativas do Cone Sul (Pacs), a economista Sandra Quintela falou sobre a questão da desigualdade, que, segundo ela, foi agravada com a pandemia. “A pandemia gerou uma concentração maior de riqueza, quando vemos mais de 20 bilhões de brasileiros passando fome e quase 60% da população brasileira sem saber se serão garantidas as três alimentações diárias. Isso é muito grave e urgente, por isso é necessário políticas públicas de combate à fome”, pontuou.Para o representante da Ação da Cidadania, Rodrigo (Kiko) Afonso, a falta de alimentação no país precede a Covid-19. “Estamos subindo em uma escala muito vertiginosa da fome. Em 2018 tínhamos 85 milhões de brasileiros com alguma restrição alimentar e esse número já era alarmante”, afirmou. Kiko ainda destacou que as crianças de um a cinco anos são as mais afetadas com a escassez.Para o representante da Defensoria Pública do Rio, Guilherme Pimentel, é necessário pensar uma política que foque na alimentação escolar. “Quando uma situação como essa acontece, as escolas precisam atuar para não deixar essas crianças sem comida”, disse Pimentel. Renata Souza ainda lembrou que 15% da população fluminense vive com uma renda mensal, na média, de R $400. “Querer que essa mãe ou pai, ganhando tão pouco, consiga alimentar seus filhos é desumano”, observou a parlamentar.A gestora financeira do Laboratório de dados e narrativas na favela do Jacarezinho (LabJaca), Mariana de Paula, trabalhou à frente do mutirão que distribuiu comidas na comunidade, localizada na Zona Norte do Rio, e demonstrou preocupação com os moradores de favelas. “Notamos que tivemos um retrocesso significativo com a comida nutritiva para as famílias pobres do nosso estado. As pessoas se alimentam de comidas industrializadas e baratas e isso a longo prazo trará problemas graves de saúde”, pontuou.A deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), vice-presidente da Comissão, também esteve presente na reunião e reforçou o trabalho da Casa no combate à pobreza. “O parlamento doou 20 milhões à FioCruz para que tivéssemos um projeto de combate à pobreza no Rio. Isso demonstra como estamos trabalhando em conjunto para atenuar essas questões”, concluiu a deputada.A relação dos homenageados consta no site da ALERJ.Entre as entidades homenageadas consta Comitê Pela Vida. Atuou desde o início da Pandemia arrecadando alimentos para pessoas atingidas pela fome na cidade de Teresópolis -. O Nica Jacarezinho que atua como Pré-Vestibular, desde o início do período da Pandemia no combate à fome no Jacarezinho. A Relação dos demais homenageados consta no site da ALERJ
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