Primeira seccional a instituir uma Diretoria de Mulheres, a OABRJ marcou presença na IV Conferência Nacional da Mulher Advogada, realizada nos dias 14 e 15, em Curitiba, com uma comitiva formada por diretoras, conselheiras federais, presidentes de comissões e as 20 mulheres presidentes de subseção do estado.
Com participações em diferentes oficinas e painéis, a Seccional teve um papel importante nas discussões sobre o cenário que a advocacia feminina encontra nas principais trincheiras da luta pela igualdade de oportunidades.
Vice-presidente da Seccional, Ana Tereza Basilio participou do painel sobre
liderança interseccional.
"Nos grandes escritórios e no Congresso Nacional, é comum que mulheres não ocupem as posições mais relevantes", afirmou Basilio. "Se não buscarmos participar de decisões relevantes em nossa entidade, nos nossos estados, seremos tratadas como eternas coadjuvantes".
Já Marisa Gaudio, primeira mulher a assumir a Presidência da Caixa de Assistência da Advocacia do Rio de Janeiro (Caarj) em 80 anos, integrou a oficina dedicada ao Direito das Famílias e à necessidade das transversalidades, destacando a importância da aplicação do Protocolo de Julgamento com Perspectiva de Gênero publicado em 2021 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
"O protocolo precisa ser observado e aplicado para se efetivar e preservar os interesses de crianças e adolescentes", afirmou Marisa.
Nesta sexta-feira, o Protocolo de Julgamento com Perspectiva de Gênero voltou a ser debatido, desta vez no âmbito da Justiça Trabalhista. A secretária-adjunta da OABRJ, Mônica Alexandre Santos, palestrou numa oficina e instou advogadas a provocarem o Judiciário, de modo a reduzir a persistência de padrões patriarcais e vieses discriminatórios na Justiça do Trabalho.
"Temos que estar sempre peticionando, para que nossas teses e crenças sejam aplicadas através da prestação jurisdicional aos nossos clientes", afirmou Mônica.
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